Joanne Kathleen Rowling OBE, conhecida como J. K. Rowling (Yate, 31 de julho de 1965), é uma escritora britânica de ficção, autora dos sete livros da famosa e premiada série Harry Potter, e de três outros pequenos livros relacionados a Harry Potter. Desde criança, Joanne gostava de ler contos como O Vento nos Salgueiros e O Cavalinho Branco. Muitos autores influenciaram sua obra, e fizeram nascer em Joanne a vontade latente de tornar-se escritora.
Famosa por escrever em bares, com a primogênita ao lado no carrinho, ela enfrentou uma série de dificuldades até atingir a riqueza e a fama como escritora, passando-se longos anos até que o Harry Potter e a Pedra Filosofal chegasse às prateleiras, com a ajuda de seu agente literário Christopher Little. Desde então, J. K. Rowling escreveu os outros seis livros que a tornaram rica, e capacitaram-na a contribuir com instituições que ajudam a combater doenças, injustiças e a pobreza.
Seus livros, traduzidos para sessenta e quatro línguas, venderam mais de 400 milhões de cópias pelo mundo todo, e renderam à autora por volta de 576 milhões de libras, mais ou menos 1 bilhão de dólares, segundo estimativa da Forbes em fevereiro de 2004, tornando-a a primeira pessoa a tornar-se bilionária (em dólares) escrevendo livros. Já em 2006, ela foi nomeada pela mesma revista como a segunda personalidade feminina mais rica do mundo, atrás apenas da apresentadora da televisão americana Oprah Winfrey. Em 2007 ficou com a posição 891 dos bilionários do mundo na lista da Forbes[3] e nesse mesmo ano ela ficou com o número 48 da lista da Forbes "100 Celebridades".. Em 2008, apareceu na posição 1064, embora sua fortuna tenha aumentado com o lançamento de Harry Potter e as Relíquias da Morte, o último livro da série. É notório, entretanto, como J.K.Rowling afirma veementemente no documentárioUm ano na vida de J.K.Rowling, dirigido pelo escritor James Runcie, que, embora possua muitos milhões, não chega a ter um bilhão de dólares. Com efeito, o seu património, em 2010, foi avaliado pela Forbes em 815 milhões de euros.
A família Rowling
Peter John Rowling e Anne Volant conheceram-se no início dos anos 1960, numa viagem de trem da estação King's Cross em Londres - nome conhecido pelos leitores de Harry Potter - à Escócia, e logo iniciaram um relacionamento. Ambos eram da Marinha, mas quando Anne ficou grávida Pete conseguiu uma vaga de aprendiz na fábrica Bristol Siddeley, que tornou-se, mais tarde a Rolls-Royce.
Os dois casaram-se em março de 1965, na igreja All Saints Parish Church e mudaram-se para Yate, no condado cerimonial de Gloucestershire e em 31 de Julho do mesmo ano, no Yate General Hospital, nascia Joanne Rowling, que apesar de já ter declarado que nasceu em Chipping Sodbury, não é o que consta na certidão de nascimento, apesar de as duas cidades (Yate e Chipping Sodbury) estarem muito próximas: quase não se sabe onde começa uma e termina outra.
Quase dois anos depois, em junho de 1967, Anne teve a segunda filha, Dianne Rowling, que nasceu em casa.
Joanne diz que Dianne sempre foi mais bonita que ela, com seus cabelos e olhos escuros, e que ambas brigavam muito quando crianças, "como dois gatos selvagens presos numa mesma gaiola apertada".
Sobre os avós de Joanne, é fato que os paternos eram de longe seus favoritos: Kathleen Ada Bulgen Rowling e Ernest Arthur Rowling eram proprietários de uma mercearia na qual as netas brincavam. Kathleen morreu quando Joanne tinha 9 anos, e deixou uma neta que a amava muito e que mais tarde escolheria seu nome para figurar o "K" de J.K.Rowling.
Os avós maternos das meninas eram Stanley George Volant e Freda Volant (Louisa Caroline Watts Freda Smith, seu nome completo de solteira ), que Joanne descreveu como um "casal infeliz". Entretanto, os dois avôs, Stanley e Ernie, eram por ela considerados grandes homens,que emprestam seus nomes aos condutores do Nôitibus Andante.
Casas e escolas à moda antiga
Os Rowling inicialmente moraram em yate, mas quando a cidade avançou, os pais das meninas resolveram mudar-se para Winterbourne, para a rua Nicholls Lane, onde Joanne tomou gosto pela leitura. Perto da casa dos Rowling morava a família Potter, mas ao contrário do que foi espalhado, não há relação entre o filho Ian Potter e Harry Potter além do nome.
Em 1971, a pequena Joanne escreve seu primeiro livro: Rabbit, a história de um coelho chamado Rabbit, que pega sarampo e é visitado pela Miss Bee (Srta. Abelha), e foi nessa época que Joanne se matriculou em sua primeira escola, a St. Michael's Curch of England, perto de sua casa. Era um local agradável, uma escola à moda antiga da qual Joanne gostava muito.
Em 1974 a família Rowling mudou-se para a cidadezinha de Tutshill, para uma casa chamada Church Cottage. Curiosamente, Tutshill fica às bordas da Floresta de Dean, berço do escritor Dennis Potter.
Junto com a nova casa veio a nova escola, a Escola Tutshill, onde lecionava a professora Sylvia Morgan, uma mulher rígida e pouco querida. Joanne já se destacava pela inteligência. Ela diz em sua autobiografia que, talvez para compensar a beleza de Dianne, seus pais decidiram que ela deveria ser a filha inteligente.
A escola secundária (veja Sistema Educacional Britânico) que as pequenas Rowling freqüentaram era a Escola Wyedean, no vilarejo de Sedbury. Se a Escola Tutshill ficara para trás junto com Sylvia Morgan, Wyedean chegou com o professor John Nettleship, químico que inspirou o Professor Snape, e que àquela época tornou-se chefe da mãe de Jo e Di, Anne, que passou a trabalhar no departamento de Química da escola. Na Wyedean a professora Lucy Shepherd foi a preferida de Rowling. Competente, Lucy teve influência sobre a criativa Joanne, e é elogiada pelos próprios professores da escola.
O período que passou na Escola Wyedean deixou fortes lembranças: foi nessa época que Anne Rowling foi diagnosticada com esclerose múltipla, e foi aí também que ela conheceu Sean Harris, amigo a quem foi dedicado o segundo livro e dono do Ford Anglia original, a porta para o mundo de J.K. assim como o foi para Harry Potter. Segundo J.K.:
Ele foi o primeiro dos meus amigos a aprender a dirigir, e aquele carro turquesa e branco significava LIBERDADE |
De fato, J.K. nunca esperou sustentar-se escrevendo livros, mas só o fato de ter seu livro publicado de verdade já era um sonho de infância realizado. O máximo que esperava era uma crítica favorável. Claro que nem ela, nem seu agente e tampouco seus editores imaginaram o estrondo que seguiu Harry Potter, e que fez a fortuna de J.K.Rowling. Lindsey Fraser, do Scottish Book Trust, uma organização que apóia e promove a leitura disse que "nunca poderia imaginar o que ia acontecer."[9]Já foi dito que a ideia de Harry Potter surgiu inesperadamente na mente de J.K. nos idos de 1990, durante uma viagem de trem. Os primeiros manuscritos foram rabiscados em papel barato, e escrever o livro ajudava Joanne a passar o tempo, numa época em que sofria com a depressão e uma vida pobre, mas amparada pela família e por amigos, em especial Sean Harris.
As ilustrações mais famosas são as de Mary GrandPré, e seus desenhos são utilizados nas capas de vários países, incluindo Brasil e Portugal. Thomas Taylor desenhou a capa do primeiro livro da edição britânica que também ficou conhecida, mostrando Harry com a cara confusa em frente ao Expresso de Hogwarts.
Inspirações
J.K. nunca disse todos os autores que a inspiraram, e muitos são baseados apenas em suspeitas de fãs. Quanto a livros infantis, ela menciona sempre O Cavalinho Branco, de Elizabeth Goudge e os livros de Edith Nesbit. Um outro clássico para crianças que provavelmente inspirou Rowling é O Vento nos Salgueiros de Kenneth Grahame. É possível perceber certas semelhanças de temperamento entre os personagens animais de Grahame e os humanos de Joanne, e esse é um dos livros infantis favoritos da autora, lido por seu pai quando ela ainda era criança
A influência que vem de J.R.R.Tolkien e de seu amigo C.S.Lewis existe, mas é discutida. A biografia de J.K. afirma que ela adorava O Senhor dos Anéis e gostava de As Crônicas de Nárnia. Já um texto publicado na revista Time afirma que ela não terminou de ler nenhum dos dois. Rowling disse em uma outra entrevista que leu O Senhor dos Anéis quando jovem, mas que a relação dessa obra com sua própria é "meramente superficial". Sobre essa influência, J.K. comenta:
.
Quanto a C.S.Lewis, ela afirmou que leu os livros e disse:
Jane Austen, sendo autora preferida de J.K., foi confirmada como fonte: podemos perceber a ironia de J.K. assim como nos livros de Austen, e o final é sempre um mistério.
Podemos esperar influências de Jessica Mitford também. J.K.Rowling disse:
Sobre os nomes criados, J.K. disse que o Dictionary of Phrase and Fable é uma ótima fonte.
Essas são as mais claras (ou mais famosas) inspirações para a série Harry Potter. Claro que há outras, e aqui está-se falando apenas de livros e autores, e não do folclore sempre presente na obra nem tampouco das pessoas que inspiraram personagens e dos lugares que Joanne conheceu que refletiram-se nos lugares de Harry Potter.
Filmes
Quando os livros começaram a tornar-se um fenômeno, logo os filmes vieram à mente.
Em 1998, a Warner Bros. comprou os direitos da série. Steven Spielberg foi cogitado para fazer as vezes de diretor, mas foi Chris Columbus, de Esqueceram de Mim, que dirigiu os dois primeiros filmes da série, Harry Potter e a Pedra Filosofal e Harry Potter e a Câmara Secreta. Columbus foi escolhido por já ter trabalhado com a Warner Bros. mas J.K. inicialmente optou pelo diretor Terry Gilliam, cujo trabalho ela admira. Depois de Columbus, o diretor mudou a cada filme.
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban ficou ao encargo de Alfonso Cuarón, de E Sua Mãe Também. Harry Potter e o Cálice de Fogo foi dirigido por Mike Newell, de O Sorriso de Mona Lisa.
Harry Potter e a Ordem da Fênix ficou sob a direção de David Yates, que confirmou presença em Harry Potter e o Enigma do Príncipe, que estreou mundialmente em 15 de Julho de 2009 e Harry Potter e as Relíquias da Morte dividido em duas partes, devido à grande quantidade de informações no livro.
As trilhas sonoras dos três primeiros filmes ficaram por conta do premiado John Williams. A do quarto filme foi conduzida por Patrick Doyle, a do quinto e do sexto, por Nicholas Hooper, e a do sétimo e do oitavo por Alexadre Desplat.
J.K.Rowling esteve presente em todas as etapas de produção do filme, para garantir a fidelidade em relação à sua obra. O elenco escolhido é totalmente britânico, uma "exigência" de J.K.
No início de 2011 foi revelado que um filme não-autorizado sobre a vida da autora estava em produção.